De Braços Abertos: um programa com a cara da Psicologia que precisa ser defendido
Por Ana Mercês Bahia Bock

Foto: João Luiz - SECOM

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A Psicologia abraçou com muita garra as visões antimanicomiais e todas as formas de abordagem, acolhimento e tratamento que são humanizadas e têm o resgate da dignidade como seu eixo. É exatamente isto que marca o Programa De Braços Abertos.
 
Um programa da Prefeitura de São Paulo que vem demonstrando que é possível cuidar das pessoas em uso abusivo de álcool e drogas  respeitando direitos, ampliando autonomia e ajudando a construir, na singularidade, possibilidades de reinserção social.
 
Baseia-se em um tripé: moradia e alimentação; trabalho e geração de renda e acesso à rede de cuidados integral, aliada à perspectiva da redução de danos. Coerente com a perspectiva do cuidado singular, territorializado e em liberdade, princípios defendidos, nas últimas décadas, pela Psicologia Brasileira.
 
Um Programa onde 84% dos usuários referem diminuição no uso de drogas, 54% retornaram ao contato familiar, onde antes do Programa 64% referiam estar todo o dia sob efeito da droga e hoje 55% referem ficar pouco tempo do dia, 86% estão em tratamento continuado de saúde, mostra que é possível cuidar desta população, mesmo em situação de extrema vulnerabilidade, com um projeto que tenha centralidade na defesa da vida.
 
O Instituto Silvia Lane vem manifestar seu apoio à continuidade do Programa DE BRAÇOS ABERTOS, se juntando a muitas entidades e movimentos sociais que tem usado sua voz na defesa desta importante política pública.